ADORAR É SER RESPOSTA ÀS NECESSIDADES ALHEIA
Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: “Venham, vocês que são abençoados pelo meu Pai! Venham e recebam o Reino que o meu Pai preparou para vocês desde a criação do mundo. Pois eu estava com fome, e vocês me deram comida; estava com sede, e me deram água. Era estrangeiro, e me receberam na sua casa. Estava sem roupa, e me vestiram; estava doente, e cuidaram de mim. Estava na cadeia, e foram me visitar.” — Então os bons perguntarão: “Senhor, quando foi que o vimos com fome e lhe demos comida ou com sede e lhe demos água? Quando foi que vimos o senhor como estrangeiro e o recebemos na nossa casa ou sem roupa e o vestimos? Quando foi que vimos o senhor doente ou na cadeia e fomos visitá-lo?” — Aí o Rei responderá: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quando vocês fizeram isso ao mais humilde dos meus irmãos, foi a mim que fizeram.” (Mateus 25.34-40)
Que revelação bombástica! Quando cuidamos das necessidades de alguém, é o próprio Jesus quem se sente cuidado. Sob os olhares atentos de Jesus estão nossas ações e reações diante das necessidades humanas, sejam elas físicas, emocionais ou espirituais.
Não nos cabe ignorar a realidade ao nosso redor. Lembremos que a verdadeira religião, segundo a Bíblia, é atender aos órfãos e viúvas nas suas necessidades e não corromper-se com este mundo (Tg 1;27). Os órfãos e as viúvas representavam a classe mais necessitada da sociedade, e junto com eles cremos está incluso todo ser humano que precise de cuidados.
Na verdade, todo ser humano possui necessidades. Enquanto para alguns faltam os itens essenciais para a sobrevivência, para outros há doenças emocionais que tornam suas vidas impossíveis de serem vividas, ainda que possuam todo o resto. É para todo e qualquer necessitado que devemos estar prontos para trazer alívio. Quem sabe um vizinho ranzinza ou um parente de difícil convivência. Talvez, um chefe deprimido ou um morador de rua faminto e sujo. Seja qual for a necessidade, nós somos o sal para trazer sabor e a luz para iluminar as vidas sedentas.
Muitos artistas que exercem seus ministérios em suas igrejas acabam achando que, por cumprirem seus papéis na liturgia, não precisam mais preocupar-se com os que os cercam. É como se cada artista “batesse o ponto” na igreja, tendo feito a “sua parte”. Ocorre que para Deus, as pessoas são muito, mas muito mais importantes que nossa arte e ao agirmos dessa maneira podemos estar ferindo profundamente o coração de Jesus.
Ele mesmo declarou a sua capacidade, por ter sido ungido pelo Espírito Santo, de levar boas novas aos pobres, cuidar dos que estão com o coração quebrantado, anunciar liberdade aos que estão presos, consolar os tristes e trazer alegria aos deprimidos (Is 61:1-3). Este mesmo Espírito que ungia Jesus é o que nos unge hoje para continuarmos a cumprir sua missão de tocar as pessoas e suprir suas necessidades. Não podemos nos furtar dessa obra. Ela é nossa! De cada artista! De cada adorador!
Tallita Barros Todeschini, casada com Marcelo Todeschini, atua como Ministra Auxiliar de Adoração na Primeira Igreja Batista de Curitiba desde 2008, dirigindo a área de Ensino e Formação de Liderança em Adoração. É licenciada em música (EMBAP), especialista em Ensino das Artes na Educação Básica (UEPA) e mestre em Teologia (FABAPAR).