COMO CATRAIAS
Estive em Monte Dourado, uma cidade paraense, no início do mês de março de 2015. Interessante que, para chegar lá, saindo de Macapá onde morava, é necessária uma viagem de seis horas de ônibus, (quando as condições são favoráveis). Então, chegamos primeiro à Laranjal do Jarí (ainda no Amapá), que faz divisa com Monte Dourado – Pará. Chegando na “beira” é necessário pegar um pequeno barco para atravessar em um minuto o Rio Jarí. É um minuto mesmo! Uma travessia gostosa e rápida. Esse pequeno barco que atravessa as pessoas de um estado para outro é chamado lá de Catraia.
Essa palavra tem vários significados, porém um deles é: “bote tripulado por um só homem” – no dicionário Aurélio. Existem várias catraias trabalhando. Enquanto umas vão, as outras voltam. Mas, todas têm o mesmo objetivo: fazer com que as pessoas cheguem ao outro lado do rio. Quer para trabalhar, passear, estudar, visitar alguém e etc. E como não há ponte, as catraias tornam-se imprescindíveis para que as pessoas cheguem tanto ao Pará quanto ao Amapá. Penso também que a vida do Cristão deve ser como uma catraia, ajudando as pessoas a chegarem a algum lugar. Há ao nosso redor pessoas feridas, amarguradas, sem esperança, sem fé e, principalmente, sem Jesus. Existem outras que estão até bem, mas precisam de um bom conselheiro para irem adiante em suas vidas. As catraias não são para as pessoas ficarem ou dormirem. Ninguém mora numa catraia. Assim também podemos ajudar as pessoas a chegar à outra margem, porém, não devemos fazê-las dependentes de nós. Só precisamos ser como catraias que carregam as pessoas sobre as águas e as deixam do outro lado em segurança para que elas sigam suas vidas. Sejamos como catraias.
Pr. Marcos Cícero da Silva Lima
Pastor da Igreja Batista Maranata Zona Norte, Macapá – AP
Aluno Egresso do Seminário Equatorial