NEM POR FORÇA NEM POR VIOLÊNCIA
Em 2019, circulou uma notícia que “não pegou bem” para a sociedade: alguns ditos “evangélicos” entraram em terreiros e centros religiosos de matriz africana, de arma na mão, obrigando os seguidores daquela opção religiosa a destruírem ídolos e objetos de culto. Não é essa, definitivamente, a atitude ensinada por Jesus. O profeta Zacarias registrou a resposta do Senhor a Zorobabel, dizendo: “nem por força nem por violência, mas pelo meu Espírito” (4.6). Esse é o princípio, pois a Palavra também ensina que o Espírito “convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo: do pecado, porque não creem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais; e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado” (Jo 16.8-11). É claro que almejamos a salvação de todas as pessoas, especialmente daquelas que nos cercam, pois são diretamente influenciadas pelo nosso testemunho. Mas, mesmo com esse desejo ardente na alma, nunca forçaremos o outro a entregar a vida a Cristo. É uma decisão que deve nascer da voluntariedade de um coração que reconhece e se arrepende dos seus pecados, confessando a Jesus Cristo pela fé. O próprio Cristo faz um convite e não uma imposição: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei” (Mt 11.28). Se a Palavra mostra Cristo formulando um convite, pressupondo a liberdade de escolha, significa que haverá uma resposta positiva ou negativa. Ninguém se torna um cristão na marra. Obrigar alguém a se tornar um cristão é inaceitável, porque Deus concedeu o livre-arbítrio, a liberdade de escolha. Jesus mesmo ressaltou: “Se alguém quiser vir após mim…” (Mt 16.24). É preciso querer.
Jesus continua o mesmo: “Estou à porta e bato…” (Ap 3.20).
Dr. Pr. Elildes Junio Macharete Fonseca
Pastor na Primeira Igreja Batista em Cabo Frio/RJ