DEUS, SIM. RELIGIOSIDADE, NÃO!
“De que me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios, diz o Senhor? Já estou farto dos holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; nem me agrado de sangue de bezerros, nem de cordeiros, nem de bodes.” Is 1.11
A fé judaica (de igual forma, a Cristã) crê que Deus foi quem estabeleceu o Seu Povo e os princípios e ditames da Religião de Israel. Por isso, é chocante ouvir o próprio Deus, através do Profeta, rejeitar as práticas de culto que Ele próprio instituiu. Também Amós, Oseias e Malaquias fazem advertências muitíssimo semelhantes, demonstrando coerência na fala e a origem do discurso no próprio Deus.
Deus está rejeitando a religiosidade fria, rotineira, despida de atitudes verdadeiras e coerentes. Religião nesse caso, é um relacionamento com Deus. Já a religiosidade é um relacionamento com ritos. O relacionamento com Deus é para ser vivo, transformador, inspirador. A religiosidade é uma tentativa de obter favores de Deus, à base de barganha. Religião requer arrependimento íntimo. Religiosidade aplaca a consciência com uma equivocada busca de práticas vazias em si.
Vidas que se relacionam com Deus são impulsionadas em direção ao semelhante, mas por decorrência do amor a Deus, em primeiro lugar. A religiosidade pode até impulsionar em direção ao semelhante, mas como meio para alcançar algo, ou comprar um favor. As práticas religiosas, instituídas pelo próprio Deus, apontam para algo maior – o próprio relacionamento com Deus. A religiosidade reduz essas práticas a um fim, em si mesmas, e excluem o relacionamento com Deus, por mais devoto que se queira parecer.
Por isso, relembre sempre, avalie-se permanentemente, “Por quem?”; “Por que?”; “Pra quem?”. Se as três respostas não forem verdadeiramente: “Deus”, você corre o risco de ter começado bem, na direção certa, mas, em determinado momento, reduziu a algo puramente temporal e temporário; e não a Algo Eterno!
Pr. Marcelo Lomba. Pastoreia a Igreja Batista Essência na cidade de Curitiba, Paraná.